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A corda é a mesma, as pessoas não

Atualizado: 5 de jul.

Parece óbvio acreditar que uma pessoa que está no fundo do poço queira sair, mas não é tão óbvio assim. Sim, há pessoas que seguram firme a corda e por mais cansadas que estejam, pegam o último fôlego, ajeitam o corpo e escalam o poço e te pedem ajuda para subir. Algumas estavam subindo, mas desistiram no meio do caminho, precisam tomar um fôlego ou talvez, não voltem ao trabalho. No entanto, há aquelas que nem estão vendo que uma corda foi jogada. E ainda temos o perfil daqueles que não estão a fim de sair do fundo do poço e puxam a corda, com toda força, pra baixo, na intenção de que você desça, para fazer lhes fazer companhia (sim, acreditem, existe!). Há inúmeras razões para esses comportamentos descritos: acreditar que ninguém nos ajudará, há menos que estejamos no poço; a fé que nos impulsiona a subir; acreditar que não temos força e ainda o desejo intencional de prejudicar o outro (sim, ele existe em algumas pessoas!). Cada um no seu tempo, cada um com sua consciência, mas é uma escolha sair ou ficar. Procuremos não julgar. Só precisamos entender e discernir quando devemos empenhar nossa energia para apoiar a subida, para não nos frustrarmos, ferir demais nossas mãos ou atrapalhar a escalada dos outros. E quem está nesse lugar desconfortável, cabe descobrir as motivações para buscar um espaço mais amplo.


Créditos da ilustração:



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